Cidadania e Igualdade de Género

Cidadania e igualdade de género

A ci­da­dania, a igual­dade de gé­nero e a não dis­cri­mi­nação, nas suas di­men­sões so­ciais, eco­nó­micas, po­lí­ticas, cí­vicas e cul­tu­rais trata-se de prin­cípio de jus­tiça so­cial e de um ali­cerce da de­mo­cracia e da de­fesa dos di­reitos hu­manos. Apesar de se tratar de um prin­cípio re­co­nhe­cido por vá­rias ins­tân­cias e do­cu­mentos le­gais (Carta dos Di­reitos Hu­manos, Cons­ti­tuição Por­tu­guesa e Tra­tados Eu­ro­peus, entre ou­tras ma­té­rias es­pe­cí­ficas le­gis­ladas em ter­ri­tório na­ci­onal), con­ti­nuam a cons­tatar-se di­a­ri­a­mente, si­tu­a­ções de de­si­gual­dade, de dis­cri­mi­nação e de as­si­me­trias a nível eu­ropeu, na­ci­onal e local.

Po­demos, no que res­peita ao gé­nero, exem­pli­ficar al­gumas “de­si­gual­dades”: a sub-re­pre­sen­tação fe­mi­nina nos ór­gãos de de­cisão po­lí­tica e eco­nó­mica; a per­ma­nência de di­fe­renças de ren­di­mento entre ho­mens e mu­lheres no setor pri­vado; a sobre re­pre­sen­tação das mu­lheres nos grupos po­pu­la­ci­o­nais mais po­bres; a seg­men­tação do mer­cado de tra­balho com pro­fis­sões e se­tores de ati­vi­dade for­te­mente mas­cu­li­ni­zados ou fe­mi­ni­zados; a menor par­ti­ci­pação dos ho­mens na es­fera fa­mi­liar face às mu­lheres (ao nível das ta­refas do­més­ticas e do cui­dado a pes­soas de­pen­dentes); as mai­ores taxas de de­sem­prego fe­mi­nino qua­li­fi­cado; a re­cente sub-re­pre­sen­tação dos ho­mens nos ní­veis de edu­cação/ins­trução su­pe­rior; etc.
 
Estas diferenças e assimetrias, são resultantes de fatores históricos, sociais e culturais, carecendo de reflexão e de intervenção política no sentido de determinar as barreiras e os condicionalismos que as provocam, identificando simultaneamente formas de as ultrapassar e promovendo ações concretas para a promoção de uma maior igualdade e coesão social.

Para tal torna-se necessário, ao nível municipal, implementar ações concretas que promovam a cidadania e a igualdade de, mobilizando toda a comunidade e os seus agentes (serviços municipais, setor empresarial privado, organizações da sociedade civil, setor educativo, famílias e pessoas). A autarquia de Abrantes deverá constituir-se pois agente de promoção da igualdade e da não discriminação, tendo em conta o seu papel e responsabilidade enquanto organização impulsionadora do desenvolvimento local mas também enquanto entidade empregadora.
 

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Mediadora Municipal

O Projeto Mediadores Municipais está implementado no concelho de Abrantes, desde o mês de setembro de 2011.

Promovido pelo Alto Comissariado para as Migrações, este projeto visa a colocação de mediadores ciganos nos serviços da autarquia (entidade interlocutora), com o objetivo de melhorar o acesso da comunidade cigana a serviços e equipamentos locais, favorecendo a comunicação entre esta e a sociedade envolvente.

Pretende-se, para tal, estabelecer pontes de comunicação entre os diferentes agentes locais e a comunidade cigana, potenciando sinergias na busca de soluções ajustadas às reais necessidades desta população.

Com o desenvolvimento deste Projeto no Município, pretendeu-se contribuir para o processo de capacitação (empowerment) das comunidades ciganas, nomeadamente através de uma melhor aceitação por parte da comunidade em geral, resultante de um melhor conhecimento da cultura e vivências dos ciganos; da facilitação, por esta via e outras, da integração social da comunidade cigana; da promoção do envolvimento da população cigana na resolução dos seus próprios problemas, com autonomia; da redução do abandono e absentismo escolar.

A Mediadora Municipal tem como principais funções:
• Apoiar a mediação de conflitos;
• Apoiar o planeamento de ações e atividades a desenvolver junto das comunidades;
• Dinamizar atividades lúdicas;
• Promoção do diálogo intercultural / articulação entre a comunidade e a autarquia;
• Promoção da igualdade de género;
• Promoção da empregabilidade;
• Articulação e atuação em estabelecimentos de ensino;
• Mediação ente as instituições e a comunidade cigana


Foram delineados Objetivos Específicos, todos eles diretamente relacionados com a promoção e criação de condições que favoreçam a integração sociocultural da comunidade cigana e que orientam o trabalho diário do Mediador Municipal, a saber:

• Sensibilizar a comunidade em geral para a vivência dos ciganos;
• Facilitar a integração social da comunidade cigana;
• Promover o envolvimento da população na resolução dos seus próprios problemas;
• Promover competências pessoais e sociais;
• Reduzir o abandono e absentismo escolar.
 
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