
Paternalismo industrial | Welfare capitalism
Os grandes industriais tinham interesse nas questões sociais dos operários - proviam habitação, escolas, creches, seguros sociais, aos seus trabalhadores. Aplicavam uma importante obra social, que podia ser de natureza económica, previdência e segurança, cultural, para apoiar os seus trabalhadores e operários.
Estas obras sociais foram interpretadas como welfare capitalism ou paternalismo industrial e a forma como foram encaradas diversificou, ao longo dos anos, como iniciativas de caridade, formas de controlo social ou de progresso social.
Robert Owen
Robert Owen, industrial britânico, foi um dos pioneiros e um dos mais antigos casos da proteção aos operários. Considerado um dos fundadores do socialismo utópico, contribuiu para o fomento da educação infantil no Reino Unido.
Olivetti (Ivrea)
A família Olivetti instalou uma importante fábrica em Ivrea, Itália. A construção da sua cidade industrial, presidida por Adriano Olivetti, incluía um programa social com creches e programas culturais aos trabalhadores.
Narciso Ferreira
Narciso Ferreira, que estabeleceu uma importante fábrica na indústria algodoeira em Riba d'Ave, iniciou uma importante obra social, que incluiu a fundação de escolas primárias. A sua empresa funcionava, inclusive, como uma fábrica-escola.
Alfredo da Silva
Alfredo da Silva, um dos fundadores da Companhia União Fabril, idealizou bairros operários, que incluíam escolas, creches, complexos desportivos, cinema e cultura no Barreiro.
Testemunhos de antigos/as funcionários/as (vídeos)
Recorda que aos 14 anos eram obrigados a estudar em Abrantes e iniciavam uma nova fase na empresa. Aos 16 anos já tinham mais responsabilidade nos serviços.
“Trabalhar de dia e estudar de noite exigia um grande sacrifício”, recorda Armindo Moço salientando ainda que em tempos de chuva e cheias no Tejo, as viagens para Abrantes eram ainda mais demoradas, fazendo-se via S. Miguel do Rio Torto.
Hoje, olhando para trás, Armindo Moço afirma que foi muito positivo ter estudado e que a Metalúrgica permitiu que todos os seus trabalhadores ganhassem muitos conhecimentos e tivessem muitas regalias quer a nível social, cultural e desportivo.

A Família Duarte Ferreira
A cedência do terreno por Octávio Duarte Ferreira, neto do fundador, para a construção da atual EB2,3 Octávio Duarte Ferreira;
A festa do Caderno Escolar, instituída por Maria Bastos, nora de Eduardo Duarte Ferreira, na qual se realizava uma festa e se atribuía um prémio ao melhor aluno da 4ª classe;
Atribuição de um prémio ao melhor aluno do 12º ano da Escola Octávio Duarte Ferreira, instituído por Maria Helena Duarte Ferreira;
A Bolsa de Estudos Comendador Eduardo Duarte Ferreira, atribuída ao melhor aluno para prosseguir estudos em Abrantes e com estágio na empresa.
A empresa
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A empresa também implementou os seus projetos sociais, na qual se incluía a questão da educação: A condição da escolaridade obrigatória da época, na entrada dos quadros da empresa; Concessão de horas para estudo aos trabalhadores; Seguimento do progresso escolar dos trabalhadores; |
A fábrica-escola
| Em 1965, a Metalúrgica Duarte Ferreira submeteu um pedido de licenciamento de uma obra para a instalação de uma escola provisória para os aprendizes da empresa, na antiga casa de Eduardo Duarte Ferreira. A escola incluía salas de aulas e serviços administrativos. |
























